RETRATO DE MÃE
“Uma simples mulher existe que,
pela imensidão do seu amor tem um pouco de Deus;
e pela constância de sua dedicação, tem um pouco de anjo;
que sendo moça, pensa como uma anciã e,
sendo velha, age com as forças todas da juventude;
quando ignorante,
melhor que qualquer sábio desvenda os segredos da vida e,
quando sábia, assume a simplicidade das crianças;
pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama e,
rica, empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos;
entretanto estremece ao choro de uma criancinha
e, fraca, entretanto, se alteia com a bravura dos leões;
viva, não lhe sabemos dar valor
porque à sua sombra todas as dores se apagam
e, morta,
tudo o que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo,
e dela receber um aperto de seus braços,
uma palavra de seus lábios.
Não exijam de mim que diga o nome dessa mulher,
se não quiserem que ensope de lágrimas este pergaminho.
Quando crescerem seus filhos, leiam para eles esta página:
eles lhes cobrirão de beijos a fronte
e dirão que um pobre viandante,
em troca de suntuosa hospedagem recebida,
aqui deixou para todos o retrato de sua própria Mãe...”
Dom Ramon Angel Iara
Bispo de La Serena - Chile
Extraido do clube da Gastronomia portuguesa
“Uma simples mulher existe que,
pela imensidão do seu amor tem um pouco de Deus;
e pela constância de sua dedicação, tem um pouco de anjo;
que sendo moça, pensa como uma anciã e,
sendo velha, age com as forças todas da juventude;
quando ignorante,
melhor que qualquer sábio desvenda os segredos da vida e,
quando sábia, assume a simplicidade das crianças;
pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama e,
rica, empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos;
entretanto estremece ao choro de uma criancinha
e, fraca, entretanto, se alteia com a bravura dos leões;
viva, não lhe sabemos dar valor
porque à sua sombra todas as dores se apagam
e, morta,
tudo o que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo,
e dela receber um aperto de seus braços,
uma palavra de seus lábios.
Não exijam de mim que diga o nome dessa mulher,
se não quiserem que ensope de lágrimas este pergaminho.
Quando crescerem seus filhos, leiam para eles esta página:
eles lhes cobrirão de beijos a fronte
e dirão que um pobre viandante,
em troca de suntuosa hospedagem recebida,
aqui deixou para todos o retrato de sua própria Mãe...”
Dom Ramon Angel Iara
Bispo de La Serena - Chile
Extraido do clube da Gastronomia portuguesa
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